O transporte de soja até o Porto de Paranaguá
está parado desde sábado. A fila passa de 20km
O deputado estadual Toninho Wandscheer (PT) usou a tribuna da Alep desta terça-feira (15) para prestar solidariedade aos caminhoneiros e produtores de grãos de todo o Estado que estão parados às margens da BR-277, esperando para descarregar em Paranaguá.
No Plenário, o deputado denunciou a postura da Concessionária Ecovia, que administra a BR-277. A Ecovia informou que levará pelo menos seis meses para recuperar a pista e reconstruir as quatro pontes da rodovia, que foram destruídas pelas fortes chuvas dos últimos dias.
A situação dos veículos leves já foi resolvida. Mas os caminhoneiros ainda continuam lá, sem poder chegar ao porto de Paranaguá para escoar a produção.
A indignação do deputado é grande. Para ele, o problema já devia ter sido solucionado. Toninho também frisou que o DER (Departamento de Estradas e Rodagem) deveria fiscalizar com cuidado excepcional situações como essa. “Não podemos deixar nossa vida nas mãos daqueles que cuidam da Concessionária para ganhar dinheiro. Colocam nossa vida em risco. Agora fica fácil botar a culpa na chuva, nas enchentes. Será que não faltou manutenção dessas pontes? A queda dessas pontes é algo que qualquer bom engenheiro poderia ter evitado”, questionou o deputado.
Exemplo
O deputado usou como exemplo, a preparação que o Japão tem para enfrentar seus problemas. “Aqui no nosso Brasil não tem terremoto. Não tem situações como as que ocorreram no Japão. Simplesmente cai uma ponte e paralisa toda uma estrada, paralisa a BR-277 que vai até Santa Catarina”, alerta.
O deputado usou como exemplo, a preparação que o Japão tem para enfrentar seus problemas. “Aqui no nosso Brasil não tem terremoto. Não tem situações como as que ocorreram no Japão. Simplesmente cai uma ponte e paralisa toda uma estrada, paralisa a BR-277 que vai até Santa Catarina”, alerta.
Como é engenheiro, o deputado disse que em dois dias há condições de se fazer uma nova ponte. “Na época que servi o Exército, construíamos pontes em dois dias, onde passavam caminhões com toda essa tonelagem. Não consigo entender porque essa Concessionária não consegue resolver o problema de tamanha grandeza para o nosso Estado de uma forma mais ágil. O recurso que ela recebe todos os dias dos pedágios seria suficiente para estar preparada para eventos como esse”, afirmou o deputado.
Indenização
Ao encerrar o pronunciamento, o deputado, comentou que a Concessionária também deveria pagar uma indenização aos caminhoneiros pelos dias que estão parados na rodovia. O prejuízo é para todos. Do agricultor à transportadora. Todo mundo perde com essa lentidão.