Deputados do PT pedem suspensão dos contratos de fotocópias ao TCE e MPE

Os deputados do PT na Assembleia Legislativa irão protocolar nesta quarta-feira (12) representações no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e no Ministério Público Estadual  (MPE) contra o ato do governo do Estado de dispensa de licitação para a contratação de serviços de impressão e fotocópia de documentos.

A representação no TCE  pede investigação sobre a dispensa da licitação, o suposto superfaturamento no valor do contrato e a suspensão em caráter preventivo do contrato com a empresa  Hprint Reprografia e Automação de Escritórios Ltda. No MPE, a bancada requisita responsabilização do governo estadual e da empresa na Lei de Improbidade Administrativa, com base no disposto no artigo 10.

Os deputados questionam as razões que levaram o governo a contratar os serviços por valores superiores aos de mercado. O contrato nº 01/2011, da Secretaria de Administração, assinado em 18 de maio de 2011, é de seis meses e foi firmado em caráter emergencial, sem licitação. O valor total é R$ 5, 7 milhões. Por fotocópia monocromática (preto e branco), o estado paga R$ 0, 11. Em comparação, pelo mesmo serviço, a Alep paga R$ 0,04. O contrato do governo com a Hprint também prevê o pagamento de R$ 1,71 pela unidade de fotocópia e R$ 4,7 a plotagem.

O deputado Veneri observou que o contrato do governo anterior com a empresa Hprint foi denunciado pelo Governo de Carlos Alberto Richa como exemplo de desperdício. O último contrato do Governo do Estado com a Hprint terminou dia 20 de janeiro deste ano. Cada cópia custava R$ 0,13, conforme os dados divulgados no Diagnóstico de Gestão, produzidos pelo governo do Estado. “Na Assembleia Legislativa, membros do atual governo disseram que se tratava de um assalto aos cofres públicos. O que não entendemos é por que o novo governo contratou a mesma empresa e, desta vez, sem licitação”, comentou o deputado estadual Tadeu Veneri.

 Questionamentos feitos pela bancada do PT
Por que o valor de R$0,11 (onze centavos) da fotocópia monocromática – branco e preta – em condições e quantidades análogas, é muito superior aos praticados por outras entidades como a Assembléia Legislativa (R$0,04) e a Ordem dos Advogados do Brasil (R$0,04)?

Por que a mesma empresa denunciada como supostamente participante de fraude foi novamente contratada como fornecedora, inclusive desta vez dispensando licitação pública?

Como a Administração Estadual utilizou os serviços de reprografia enquanto não existia contrato vigente entre 20 de janeiro de 2011 e 18 de maio de 2011?

Por que se utilizar de dispensa de licitação com argumentação de caráter emergencial se a Administração ficou todo este período – mais de 100 (cem) dias sem fornecedora de fotocópias e poderia normalmente instruir procedimento licitatório?

 

 

fonte: Liderança do PT

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *